domingo, 26 de setembro de 2010

Os registros imagéticos como estratégia de comunicação e sustentabilbilidade cultural

Projeto!

Elaborar projetos seria uma situação em que poderemos dizer felizmente ou infelizmente daqueles que se aventuram? Então vejamos! Em todas as áreas hoje é comum se falar em projetos, na academia há projetos de pesquisa e de iniciação científica; nos empreendimentos  empresarias, os projetos de novos negócios, na construção civil, na Arquitetura, na cultura  o teatro, os festivais de música, carnaval, quadrilhas juninas, cinema e nas áreas Ambientais com educação ambiental e preservação do meio ambiente. Nas áreas sociais de desenvolvimento regional nas comunidades, etc. O que podemos perceber, é que em qualquer uma destas áreas, os projetos tem algo em comum, “a necessidade de recursos e investimentos, ou seja, recursos financeiros, humanos, materiais e tecnologias”. Assim, apresento o meu projeto de pesquisa, o qual buscará tratar das necessidades de conhecimentos para estruturação de registros imagéticos que possam dar suporte para sustentabilidade,  na comunicação e elaboração de projetos de captação de recursos para instituições culturais (Escola de samba e Grupo de quadrilha junina). Acesse o Projeto aqui.

 
Contudo, em qualquer projeto temos os ajustes;  definições e as redefinições, ou seja, neste projeto não foi diferente, o que estou disponibilizando é uma versão aprimorada da que foi utilizada no processo de seleção. A trajetória de todo o projeto antes dessa versão, pode ser acessada pelo meu blog.

Assim, podemos deduzir que felizmente para aqueles que se aventuram  elaborar um projeto, pois a elaboração do projeto é  um  caminho de aprimoramento constante, principalmente quando se fala de  ajustes,  nesta fase é onde podemos fazer as adquações para realização da pesquisa ou de qualquer empreendimento.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fahrenheit 451: uma sociedade com registros sem textos


O clássico livro de Ray Bradbury, de 1951, depois transformado em filme por François Truffaut, em 1966, além de mostrar uma sociedade futurista, na qual os livros são proibidos, vai mais além ao eliminar por completo os registros textuais daquela sociedade. Algumas poucas passagens do filme, sutilmente,  mostram documentos administrativos e revistas com total ausência de elementos textuais. 


Arquivisticamente falando, será que é possível construir todo o registro administrativo das organizações, do Estado e da memória social sem textos? Para além da óbvia resposta negativa é importante refletir como as imagens, poderosas ferramentas da construção identitária, podem, em alguns casos serem a melhor opção possível para comunicar uma informação (como por exemplo nos cartões de segurança das aeronaves) ou mesmo para registrar um fato e produzir provas a partir dele (como por exemplo as multas de trânsito, "flagradas" por radares). 

A reilitura do livro e o retorno ao filme podem ser atividades interessantes para a rediscussão das articulações entre texto e imagem, sob a ótica dos meios de comunicação e, principalmente, no caso dos arquivos, dos registros administrativos, como ilustram alguns fotogramas extraídos do filme de Truffaut. 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Documentos administrativos imagéticos com atributos estéticos

Copiado de Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Olhe atentamente para essa imagem. O que será que ela representa? Uma flor? Um miolo de um girassol? Sim. Mas como documento imagético, qual teria sido a função que estaria por detrás de sua produção? Em resposta a quais necessidades administrativas ele teria sido preservado? A identificação de uma sequência numérica especial reproduzida nos padrões dos estames é uma informação relevante porém tampouco nos dá maiores informações sobre a produção de tal informação imagética.
Copiado de Galeria do projeto Biocenas na Faperj

 


Somente o contexto de sua produção administrativa, que no caso dos documentos imagéticos, costumam não estar presentes no próprio documento, é capaz de responder às importantes questões que nos levarão a entender os porquês da existência, preservação e eventual uso da informação. A dissociação da informação imagética em relação às informações administrativas é o que permite que registros fotográficos feitos para atender demandas de uma pesquisa científica tenham sido objeto de uma exposição, que selecionou as imagens em função de atributos estéticos. Nesse caso não se trata da reciclagem da informação imagética de um documento administrativo para uma informação estética, uma vez que as imagens já foram geradas com essa dupla finalidade.
Copiado de matéria sobre o projeto Biocenas na Faperf 
Mais fotos podem ser encontradas na página do projeto aqui.

Leia notícia no boletim da FAPERJ aqui.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fotografia ou documento fotográfico?


O termo fotografia está ligado, sobretudo, a uma técnica de sensibilização foto-química. Assim, um registro fotográfico não é, a priori, do gênero imagético (ou visual), existindo casos de reproduções fotográficas de textos, como o microfilme. A conceituação da fotografia enquanto técnica a desqualificaria tanto como espécie, quanto como suporte (papel fotográfico, diacetato, negativo de vidro etc.).

A espécie documental é considerada como a “configuração que assume um documento de acordo com a disposição e a natureza das informações nele contidas” (Cf. DICIONÁRIO de terminologia arquivística, 1996). Por falta de uma denominação melhor, podemos considerar documento fotográfico, definido pela utilização da técnica fotográfica associada ao gênero imagético, como uma espécie documental. A definição de tal espécie pressupõe que a imagem fotográfica seja a única informação presente no documento. Assim, os cartões postais, por exemplo, constituirão uma outra espécie, a despeito de, geralmente, trazerem uma imagem fotográfica impressa na frente.

A forma corresponde ao “estágio de preparação e transmissão de documentos” (Cf. DICIONÁRIO de terminologia arquivística,1996). As várias fases da espécie documento fotográfico correspondem a etapas distintas da mesma informação ao longo do trâmite, definindo, portanto, formas. Assim, tendo como referência os documentos finais — aptos a produzir conseqüências —, pode-se identificar, preliminarmente, no documento fotográfico, as seguintes formas:
  • Positivo final: é, por excelência, o documento final; pode ser obtido tanto pela captação direta da luz emitida pela cena real (daguerreótipo, polaroid, diapositivos) como por intermédio de um negativo ou de recursos digitais.
  • Negativo fotográfico: intermediário entre a cena e a imagem final, possibilita tanto uma escolha dos materiais a serem transformados em positivos, como utilizações posteriores e múltiplas da mesma imagem em documentos distintos. Deixa de existir na fotografia digital.
  • Positivo instrumental de contato: produzido a partir de negativos de pequeno formato, apenas para permitir uma visualização mais precisa da imagem. Costuma ser feito tanto por instituições de guarda de acervos fotográficos — destinados à escolha dos positivos ampliados a serem consultados (os documentos finais) —, como por fotógrafos e agências de notícias — para a seleção das imagens a serem reproduzidas, as quais se tornarão documentos finais. É substituído por visualizadores de baixa resolução ou de tipo thumbnail para as imagens digitais.
A utilização da imagem fotográfica em outros documentos (postais, livros, jornais, cartazes, camisetas etc.) supõe a definição de outras espécies e formas documentais, onde a informação fotográfica imagética entra como um componente. A confecção de matrizes, fotolitos etc., destinados a cópia de imagens para outros materiais também cria novas formas documentais.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Nuvem de tags do DigifotoWeb


Um das novas tecnologias de representação da informação é a nuvem de tags, que hierarquiza a frequência dos termos mais utilizados como representações visuais. Existem vários métodos de exibição e confecção das nuvens. As melhores buscarão ter mais efetividade quanto à precisão da representação gráfica das palavras. 

A construção acima visou apenas criar um interessante efeito estético, que permite, com representações textuais, discutir as fronteiras entre escrita e imagem e representa uma varredura do neste blog, com alguns ajustes absolutamente arbitrários. Ela foi construída a partir de uma dica de Carlos Duarte Jr. em seu blog de pesquisa. A ferramenta on-line indicada permite escolha de cores, de quantidade de palavras, de orientação do texto, de exclusão de palavras irrelevantes etc. 

Acesse aqui o blog "Métodos linguísticos na descoberta de conhecimento em texto", e conheça um pouco mais sobre essa técnica além de poder brincar com o editor de tags e sentir-se um meio poeta concreto...