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Considero que os princípios arquivísticos, especialmente no caso das imagens fotográficas em arquivos, são, na maioria das vezes, a única garantia para a correta compreensão do significado dos documentos. Infelizmente, no Brasil, quando se trata de fotografias, tais princípios tendem a ser esquecidos e os documentos são "organizados" de acordo com o conteúdo, supostamente em função das suas especificidades físicas.
Contrário a tal prática e fiel aos princípios arquivísticos, o célebre manual espanhol sobre fotografias em arquivo coloca que:
Considero que os princípios arquivísticos, especialmente no caso das imagens fotográficas em arquivos, são, na maioria das vezes, a única garantia para a correta compreensão do significado dos documentos. Infelizmente, no Brasil, quando se trata de fotografias, tais princípios tendem a ser esquecidos e os documentos são "organizados" de acordo com o conteúdo, supostamente em função das suas especificidades físicas.
Contrário a tal prática e fiel aos princípios arquivísticos, o célebre manual espanhol sobre fotografias em arquivo coloca que:
“O tratamento arquivístico aplicado às fotografias não difere, em termos gerais, daquele recebido pelo restante dos documentos de um arquivo.” (Teresa Muñoz, 1997).Qual a sua opinião sobre isso?
Eduardo,
ResponderExcluirAntes de mais nada, bem-vindo ao blog. Sem dúvida sua perspicaz participação em muito contribuirá para as discussões.
Concordo com você quanto à importância desses documentos "monumentalizados" mencionados. No entanto há uma parcela incomensurável de documentos, que são produzidos dia-a-dia com finalidades administrativas, que permitem melhor compreender o funcionamento das organizações que os produziram. A opção do tratamento conteúdistico, justificado pela "monumentalização" AO INVÉS de respeitar as ligações administrativas (bonds, que dará origem ao conceito de "organicidade") elimina a compreensão dos reais motivos que redundaram na produção de um dado documento. O problema é o "AO INVÉS DE" em lugar do TAMBÉM...
Se você tiver interesse em conhecer melhor minha opinião sobre isso, apresentei no ano passado uma comunicação em conferência internacional. O texto pode ser acessado aqui. Uma versão mais atualizada foi publicada na Revista Arquivo & Administração , no mesmo ano, que infelizmente não conta com versão eletrônica (ai, que vontade de fazer uma cópia pirata de meu próprio texto :) ...)
Falando em auto-pirataria, você pode achar outras idéias minhas sobre o problema da "monumentalização" dos documentos de arquivo no capítulo "Arquivística e revolução documental" no meu livro sobre tipologia, disponível no blog da graduação.