A coleção digital feita pela equipe de pesquisadores do Instituto Mora representa uma tentativa muito interessante de montagem de um repositório fotográfico que, além das imagens e suas descrições temáticas trata ainda dados relativos aos forográfos e aos históricos de cada coleção. A descrição e a organização das informações segue, no que é possível, as diretrizes da ISAD-g. O tradicional resumo da imagem é abandonado e, em lugar dele, entram dados técnicos e uma miniatura fotográfica. Como se tratam de coleções, os dados relativos ao contexto de produção arquivístico não são sistematicamente evidenciados e, quando é o caso, são indicados no histórico do conjunto. Outro ponto bastante importante na solução mexicana foi a decomposição da autoria fotográfica, conforme Aline Lacerda já havia apontado em sua tese (baixe aqui).
O Digifoto e essa fototeca têm uma linha mestra comum: a idéia de montagem de um repositório digital que não fique sujeito à subjetiva interpretação de conteúdos da imagem, além da buscar estruturar a informação, apenas no que é pertinente, de acordo com a ISAD-g.
Os projetos se distiguem quanto ao foco arquivístico do tratamento da informação, uma vez que a fototeca mexicana está voltada para as atividades de pesquisa histórica, visando a construção de um corpus documental, devidademente contextualizado quanto à sua produção histórica. As funções administrativas e arquivísticas, nesse caso não são postas em relevo, aspecto relevante para o Digifoto, na busca da constituição de séries tipológicas. O Digifoto propõe ainda, seguindo o método iconológico de Panofsky (baixe aqui artigo sobre essa questão), a decomposição do conteúdo em elementos pré iconográficos e iconográficos.
O mais interessante é que os projetos, apesar das diferenças, são bastante complementares. Em novembro de 2009 o Digifoto teve o privilégio de visitar o Instituto Mora e poder conversar com a equipe de pesquisa (Fernando Aguayo e Lordes Roca) e a equipe técnica da Fototeca Digital na busca de aproximação das duas propostas:
O mais interessante é que os projetos, apesar das diferenças, são bastante complementares. Em novembro de 2009 o Digifoto teve o privilégio de visitar o Instituto Mora e poder conversar com a equipe de pesquisa (Fernando Aguayo e Lordes Roca) e a equipe técnica da Fototeca Digital na busca de aproximação das duas propostas:
Acesse aqui a fototeca digital do Instituto Mora. Se preferir vá direto ao catálogo on-line.
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